quinta-feira, 28 de junho de 2012

O dilema dos reality

O nome para esses programas, literalmente traduzido para nossa língua, pode ser “show da realidade”.

Então, vamos pensar com a Fruta.

Acredito que as pessoas que se dispõem a acompanhar esse tipo entretenimento saibam o significado da palavra e, principalmente, o que se esperar desses programas. Mas as vezes não me parece que elas entendam direito o que querem.

A maioria, eu acredito, que queira que seja o mais real possível. Já que se as pessoas se dispõem a entrar numa casa, fazenda ou numa casinha de sapé, que sejam verdadeiras, que mostrem o seu verdadeiro Eu. Afinal, essa é nova novela brasileira com pessoas reais.

MAS CALMA QUE TUDO TEM UM LIMITE NESSA REALIDADE TELEVISIVA.

Além das manipulações óbvias (pois antes de ser uma “realidade”, ele é um programa), algumas atitudes não são consideradas dentro da normalidade quando passam na televisão. Ai, a realidade não parece ser tão real: “Como alguém pode esquecer que existem câmeras?”.

E sabe qual é a maior ironia de tudo isso?

Esses programas são a PURA REALIDADE.

As pessoas riem, amam, mentem, traem, fazem sexo, tomam banho peladas, manipulam e são manipuladas o tempo inteiro. Agora, sobre esquecer as câmeras, me diga quantas multas você já recebeu por esquecer que naquela rua tem um radar e que existe um limite de velocidade? Ah! Ok. Mas você não estava pelado. Então, vai me dizer que você também toma banho de roupa?

Então, as pessoas ficam meio chocadas quando vêm na televisão seus próprios reflexos e tentam refutar isso falando mal, porque é difícil encarar a realidade, o verdadeiro Eu do ser humano.


O problema das pessoas é acharem que só podemos ser verdadeiros quando ninguém está vendo!




Obs.: Adorei conhecer as noemistas! Sei que devo o "sucesso" dessas vinte quatro horas do blog no ar a vocês que lutam tanto por essa menina-mulher que aprendi a admirar com vocês. E podem me chamar para briga! Adooooro! Sugestões de post, temas, criticas e elogios são sempre bem-vindos!  

3 comentários:

  1. Esse assunto merece ser tratado com bastante acuidade. O fato do reallity não ser realidade passa por várias e intrincadas questões. Não vou falar sobre elas, apenas quero comentar um aspecto: que nós, telespectadores lemos a psiquê e as ações dos personagens e montamos uma espécie de ficção a partir de nossos valores e percepções. No fim das contas, o que vale em cada programa são os debates e as discussões que surgem dentro daquele pequeno universo restrito aos personagens do espetáculo. Diante desse universo, e no confronto dele com meus valores, não abro mão de Fael no BBB12, nem de Noemi no GH12+1. As razões para o meu apoio a um e a outro são diferentes, mas, certamente, elas passam pelo meu senso de justiça e pela proposta de mundo que eu defendo.

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    1. Então, não sei se fui clara o suficiente. O quero dizer é que acho irônico as pessoas que criticam tanto esse tipo de programa ou mesmo as que gosta de polemizar coisas pequenas, optarem por um discuso superior como se fossem perfeitas.
      No fundo, esses programas que prometem reproduzir o comportamento humano através de grupos de pessoas em um local delimitado e monitorado, de fato conseguem trazer a tona o comportamento humano. Mesmo que seja manipulando. E falando de maneira generalizada, as pessoas são constantemente manipuladas seja na tv ou através dela no seu dia-a-dia. E concordo plenamente quando você diz que o que fica de bom são os debates e discussões.

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    2. Você foi clara, sim... por isso falei dos debates e das discussões. Uns conseguem propor argumentos mais ricos e convincentes; outros mais preconceituosos e pequenos; alguns sequer conseguem fechar um pensamento lógico. E é assim, conforme nossa pobreza e riqueza de percepção e valores, que vamos nos alinhando e realinhando diante dos debates e dos debatedores.

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