domingo, 5 de agosto de 2012

Criada a coca-cola e fairy tale

Este é um texto que escrevi já faz alguns anos. Compartilho aqui com você e me digam, quem nunca sofreu por um romance (literatura) barata?

"Eu não estou bem. Vai passar. Não se preocupe. Talvez seja a noite virada. Talvez eu precise dormir um pouco. Talvez seja a sintoma pós-romances-baratos-recheados-de-clichês. Com certeza é isso.

Depois de virar a última página, parece brincadeira que já tinha se passado oito horas e pássaros contavam com os primeiros raios de sol. Tempo que deveria ter dedicado ao meu sono, mas que passei lendo um livro que só me enchia de mais “idealização” desnecessárias.



As quase quinhentas páginas em brochura, depois de tantas emoções provocadas apenas com palavras. oi. Brigando mentalmente com o mocinho babaca que não estava lá. Como ele pode fazer aquilo? Frio na barriga, mãos suando e palpitações no coração. Merda de narrativa em primeira pessoa.

Aquele conglomerado de páginas passava a ser quase odioso. Como fui me sujeitar a um tipo tão baixo de literatura, que me faz querer fazer parte daquele mundo? Mundo onde o que são os vilões quando se tem um mocinho na próxima página.

Essa não vai ser a primeira e nem a última vez, ainda irei sofrer por outros livros idiotas. Sofrer por uma vida que não é minha. Sofrer por um mocinho que não existe.

O que posso fazer? Essa é a minha suposta maldição. Longe de querer fazer comparações da minha pessoa com princesas, tem algumas que são presas em castelos, destinadas ao sono eterno, tem que aturar madrastas e bruxas… Acho que a minha são os romances.

P.s.: O único conselho que minha consciência consegue me dar, esta longe de ser o mais sábio, mas é o único que se encaixa nesse meu vicio masoquista, é: Daniele, aprenda conviver com isso!"

Se não me engano, na ocasião, tinha terminado de ler "Sociedade Secreta 3" da Diana Peterfreund. Já se passaram sei lá quantos anos e ainda continuo com o mesmo gênero de literatura, faz poucas semanas que acabei a série Becky Bloom, da Sophie Kinsella (hehe).

Nenhum comentário:

Postar um comentário